Satgana nomeia Anil Maguru como parceiro para apoiar o clima

A VC Satgana, de tecnologia climática com sede na Europa, nomeou Anil Maguru, ex-diretor de investimentos da empresa, como seu mais novo parceiro. A Satgana, que surgiu do sigilo no ano passado, investe em startups climáticas na Europa e em África.

Maguru ingressou na empresa de capital de risco há três anos, começando como analista. Aos 28 anos, ele se torna um dos parceiros de capital de risco mais jovens da Europa e um dos menos de 10% gestores de fundos negros do mundo. Maguru trabalhou anteriormente num family office com sede em Paris, onde foi responsável por investir e gerir uma carteira de 20 milhões de euros, incluindo capital privado, capital de risco, ativos reais e filantropia.

“Eu queria agregar mais valor ao que estava fazendo e é por isso que me juntei à Satgana para apoiar fundadores que trabalham na adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Fui nomeado de uma forma que terei definitivamente uma forte presença em África”, disse Maguru, acrescentando que a empresa de capital de risco está a planear dois fundos maiores para África e Europa, à medida que duplica os planos de investimento nas duas regiões.

“Estamos a construir a nossa força na Europa e em África com este primeiro fundo, porque pretendemos abrir outros dois fundos nos próximos dois anos; um irá centrar-se na Europa e o outro em África, a fim de dar continuidade à estratégia de investimento nos dois continentes”, disse Maguru, que nasceu no Ruanda mas mudou-se para França com a família aos 10 anos.

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Comentando sobre a nomeação de Maguru, o fundador e CEO da Satgana, Romain Diaz, disse; “[Maguru] incorpora o espírito de Satgana em suas ações diárias, com uma combinação hábil de agitação de curto prazo e uma abordagem estratégica de longo prazo em todos os relacionamentos e decisões. Ele é inteligente, estratégico, humilde, carismático e com forte ética de trabalho.”

Fundo Satgana 1

A Satgana planeia alocar até 40% do seu fundo actual e dos primeiros 10 milhões de euros (revisto de 30 milhões de euros) em startups “positivas para o planeta” em África, e já está a fazer progressos. Investe até € 300 mil em startups de pré-semente e semente.

Tem como alvo os subsectores da mobilidade, alimentação e agricultura, energia, indústria, edifícios e economia circular em África, e até agora investiu em três startups no continente.

Os seus investidores em África incluem a Mazi Mobility, uma startup queniana que está a construir uma rede de motos eléctricas e uma infra-estrutura de troca de baterias; Kubik, que recicla plástico e tem operações na Etiópia, e Revivo, mercado B2B que vende peças de reposição eletrônicas, dando a produtos como telefones uma nova vida. Na Europa, Satgna investiu em Rebel Tech, Orbio Earth, Yeasty, Loewi, Arda, Fullsoon e Fermify.

Satgana está entre o número crescente de fundos dedicados ao setor africano de tecnologia climática em meio a um resfriamento do financiamento de capital de risco. Os outros fundos incluem o Africa People + Planet Fund da Novastar Ventures, que investirá em startups que desenvolvem soluções agrícolas e climáticas no continente, o fundo Equator, que se concentrará em startups de sementes e Série A nos setores de energia, agricultura e mobilidade, e o Fundo Catalisador, que visa reforçar a inovação climática.

“Existe um potencial significativo para África trabalhar no sentido de construir resiliência, impulsionar o crescimento sustentável e contribuir para a transição para uma economia Net Zero. Embora os países africanos produzam menos de 3% dos gases com efeito de estufa que aquecem o planeta e sejam os mais vulneráveis, o continente está a crescer a um ritmo exponencial e as suas necessidades energéticas estão a aumentar, o que pode colocá-lo em risco sistémico”, disse Maguru.

“É por isso que para nós é importante começar a abordar este mercado e, ao mesmo tempo, mobilizar a nossa experiência e conhecimento de mercado para apoiar startups em estratégias de mitigação de carbono e resiliência”, disse ele.

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